Crédito para produtores rurais representam 80% das liberações de cooperativas alagoanas

Estatística representa apenas atividades elaboradas por instituições contempladas por edital da Desenvolve

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Victor Brasil

O Banco Central do Brasil divulgou, nesta terça-feira (14), o perfil das pessoas físicas que buscam operações de crédito nas cooperativas brasileiras. De acordo com o levantamento, em média, 0,8% da população buscam esse tipo operação para alavancar fundos para investimentos.

Em Alagoas, este tipo de serviço é foco de um programa coordenado pela Desenvolve – Agência de Fomento de Alagoas, que busca expandir e fortalecer as microfinanças no estado. Neste programa, a instituição investiu R$ 5 milhões, provenientes do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep).

Participam do Programa de Fortalecimento das Microfinanças de Alagoas as cooperativas de Crédito Rural do Sertão Alagoano (Cocreal), em Delmiro Golveia; de Crédito Rural do Agreste Central Alagoano (Coopcral), em Arapiraca; de Crédito Rural do Agreste Alagoano (Coopeagre), em Igaci; e o Fundo para o Desenvolvimento da Agricultura Familiar (Fundaf).

Segundo o diretor-presidente da Desenvolve, Antonio Carlos Quintiliano, estas instituição participaram de uma seleção, que tinha como público alvo organizações de micros e pequenos empreendedores pertencentes às comunidades de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e sem acesso ao sistema financeiro tradicional. “Assim, estamos auxiliando na estruturação e aumento da carteira de crédito destas instituição e levando o desenvolvimento econômico para os pequenos negócios do interior do estado”, enfatizou.

Perfil das operações

De acordo com o relatório parcial do programa, elaborado pela Unidade Executora de Projetos (UEP) da Desenvolve, 80% dos tomadores de empréstimos nestas cooperativas alagoanas são pertencentes às zonas rurais dos municípios.

Para o diretor de Desenvolvimento e Projetos da Desenvolve, Fábio Leão, esta porcentagem é o reflexo da força econômica da região, visto que as instituição estão situadas em municípios do sertão e do agreste alagoano. “Nestas localidades, a maior ocupação de renda está na agricultura e na pecuária, de onde sai o sustento da grande maioria da população local”, explicou.

Ainda segundo o relatório da UEP, 75% das operações realizadas pelas quatro instituições são voltadas para o setor da pecuária, 12% para a agricultura, 11% para o comércio e 2% para infraestrutura.

As instituições de crédito em questão já atuam diretamente em 15 municípios e pretendem atingir pequenos empresários e produtores de até 36 localidades do sertão e do agreste do Estado.