Associação Brasileira de Desenvolvimento aposta na atuação com microcrédito para continuar fortalecendo economia brasileira
Ana Daniella Leite e Victor Brasil
As Agências de Fomento Estaduais estão aumentando seus desembolsos e pretendem ampliar sua participação no crescimento regional nos próximos anos. A informação foi confirmada pela Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) durante reunião realizada em Maceió, nessa quarta-feira (16).
O encontro reuniu executivos e técnicos das empresas associadas à ABDE para debater estudos e pesquisas relativas ao sistema financeiro nacional e temas relacionados à inovação.
Segundo o presidente da ABDE, Carlos Horn, a instituição estuda, com o Banco Central (BC), maneiras de ampliar as formas de captação de recursos das agências de fomento, que emprestam, sobretudo, para empresas de micro, pequeno e médio porte.
A previsão da ABDE é que o saldo de operações de crédito destas instituições siga crescendo consideravelmente em 2014 na comparação com 2013. Nos últimos dois anos, o saldo de operações das 17 agências existentes cresceu 69%, de R$ 3,6 bilhões em 2011, para R$ 6,4 bilhões em 2013, segundo levantamento do BC.
“Os resultados serão puxados pela crescente atuação das agências de fomento na estruturação de projetos estaduais de infraestrutura, no financiamento produtivo de longo prazo e no apoio ao empreendedorismo”, destacou Carlos Horn.
Em Alagoas, a Desenvolve, a agência de fomento estadual, tem meta de desembolsar R$ 20 milhões este ano. “Nosso capital é pequeno, de R$ 35 milhões. Em 2013, emprestamos R$ 6 milhões. No primeiro semestre de 2014, já concedemos mais de R$ 7 milhões em empréstimos”, disse o presidente da agência, Antônio Carlos Quintiliano.
Desenvolvimento econômico e social
Apesar de ainda ser muito pouco difundido e de estar enfrentando obstáculos burocráticos à sua expansão, o microcrédito no Brasil, para os que puderam obtê-lo, tem-se revelado um sucesso. Com o fortalecimento das agências de fomento e dos bancos de desenvolvimento nos últimos anos, o microcrédito já é considerado uma política social.
De acordo com o presidente da ABDE, Carlos Horn, com o acesso ao microcrédito as empresas ficam mais potentes para fazer o seu crescimento de forma acelerada. “Ao tornar os recursos acessíveis para essas pessoas, as instituições financeiras de desenvolvimento possibilitam a ampliação e o fortalecimento dos pequenos negócios”, afirmou.
A orientação da ABDE é que estas instituições de desenvolvimento apostem firmemente no microcrédito como uma das formas de atuação, o que vem crescendo significativamente nos últimos anos.
Sobre a ABDE
A Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) foi criada em 1969 e tem o objetivo de congregar, representar, defender os interesses e apoiar, organizacional e operacionalmente, as instituições financeiras de desenvolvimento. Dentre as instituições estão as agências de fomento e bancos, como a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o BNDES.
Suas ações visam contribuir para o desenvolvimento sustentável – econômico, social e ambiental – do País. Tem sua sede operacional no Rio de Janeiro e um escritório administrativo em Brasília.