Encontro reuniu principais propostas que se adéquam ao diagnóstico que apontou importação de alimentos no estado.
Daniel Albuquerque
A Desenvolve – Agência de Fomento de Alagoas participou no Ideral – Instituto de Desenvolvimento Rural e Abastecimento de Alagoas, da segunda reunião do grupo de parceiros para discutir a produção e comercialização dos produtos alimentícios alagoanos. Também participaram do evento as Secretarias de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande) e da Agricultura (Seagri), a Central de Abastecimento (Ceasa) e o Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (Emater).
Durante a reunião, os órgãos que compõem o grupo de discussão levaram projetos que se adéquam ao diagnóstico elaborado pela Desenvolve, com dados fornecidos pelo Ideral.
A Desenvolve apresentou os principais projetos em execução, dentre eles a Agricultura Periurbana e Feiras Livres. “A partir desta etapa, os órgãos irão mapear os municípios beneficiados com cada projeto, com o objetivo de atender a todo o estado uniformemente”, afirmou o diretor de Desenvolvimento e Projetos da Desenvolve, Fábio Leão.
Fábio Leão afirma que o diagnóstico apontou que a população local e as empresas importam alimentos de outras regiões e estados vizinhos, gerando uma fuga de capital da região. “Com este trabalho, não queremos substituir as importações de todos os produtos no primeiro momento, mas é possível articular o que já é realizado dentro do estado e estudar as principais dificuldades da cadeia produtiva para que este quadro seja revertido em pouco tempo”, completou.
A Seagri apresentou o “Projeto de Revitalização da economia rural”, que contempla municípios como União dos Palmares, Maragogi, Viçosa, Capela, entre outros.
O projeto apresentado pela Seplande contempla atividades de fortalecimento das micro e pequenas empresas e do cooperativismo e associativismo, além da coordenação dos Arranjos Produtores Locais (APL). “Iremos contribuir com a assessoria jurídica e contábil, na capacitação e também nos temas relativos ao cooperativismo”, afirmou o gerente de Projetos da Seplande, Beda Díaz.
O diagnóstico apontou estatísticas de comercialização de alimentos e produtos na Ceasa. Dentro do estudo, pode ser analisada a quantidade da produção local, a importação vinda de outros estados, bem como a demanda e variedade do mercado.
Segundo Fábio Leão, os dados mostram que dentro da média total de sete mil toneladas de frutas comercializadas no Ceasa, apenas 20% é produzida dentro do estado e o restante vem de estados vizinhos, principalmente de Pernambuco. “Nós queremos mudar esta realidade, a partir da construção de políticas que fortaleçam desde a produção até a comercialização”, completou.