Desenvolve define como prioridade crédito para reabertura de casas de farinha

Diretor-presidente da Desenvolve recebeu proprietários na sede do órgão nesta quinta-feira

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O diretor-presidente da Desenvolve, Antonio Pinaud, recebeu na manhã desta quinta-feira (12), na sede da agência de fomento, proprietários de casas de farinha do Agreste alagoano. Na ocasião, agricultores em companhia de técnicos da Secretaria de Estado da Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seapa) e do APL da mandioca solicitaram liberação de linhas de crédito que ajudem a acelerar o processo de reabertura das casas de farinha.

De acordo com Pinaud, desde que foi convidado a gerir a entidade, a reabertura das casas que viabilizem esta atividade é uma de suas prioridades, destacando que, “essa é uma importante via de geração de emprego e renda em todo o Estado de Alagoas e, portanto, merece atenção e ações urgentes, como a liberação de crédito e assistência técnica”.

Presente à reunião, o superintendente de Inclusão Produtiva da Seapa, Israel Moura, informou que o Instituto do Meio Ambiente (IMA) está em fase de avaliação da última das 10 condicionantes para as mudanças técnicas necessárias à reabertura das casas para posterior assinatura de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público.

Sensibilizado com o problema enfrentado pelas pequenas indústrias que são de base familiar e chegam a empregar em média 50 famílias, o presidente da Desenvolve disse que mobilizará os quadros técnicos da agência para agilizar os procedimentos necessários para a avaliar e liberar o crédito o quanto antes. 

Fábio Leão, diretor de Desenvolvimento e Projetos da Desenvolve, frisou que “embora a competência da reabertura não seja da agência, estamos à disposição das famílias, para prestar orientações técnicas quanto ao cumprimento da legislação ambiental necessária para a liberação de funcionamento”, completando que deve-se levar em consideração o objetivo comum deste governo em fortalecer a agricultura familiar, apresentando soluções sustentáveis.  

De acordo com levantamento da Câmara Setorial da Mandioca, as casas de farinha estão localizadas nos municípios de Lagoa da Canoa e Girau do Ponciano. A interdição dessas pequenas unidades inviabiliza o setor produtivo da mandiocultura. “Essas famílias precisam retomar suas atividades urgentemente”, avaliou Antonio Pinaud baseado na declaração emocionada de agricultores como Manoel Galdino, proprietário de uma das casas de farinha fechadas que disse “está muito difícil sustentar a família e obter os recursos para fazer os investimentos exigidos”.