Desenvolve disponibiliza crédito para segurança sócio-ambiental de casas de farinha

Levantamento de dados agilizará processo para liberação de crédito

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Eliete Amâncio

Uma equipe da Desenvolve realizou nesta quinta-feira (12) uma visita técnica às casas de farinha do Agreste de Alagoas para analisar as condições das unidades, verificar as reais necessidades para a reabertura das mesmas e solicitar dos agricultores a documentação necessária para avaliação e liberação do crédito para aquisição de equipamentos que assegurem o tratamento e destinação dos resíduos gerados. 

Segundo o analista de crédito da agência de fomento, Dackson Sousa, que conversou com cada um dos proprietários das casas de farinha, a visita é essencial para abertura do processo que dará celeridade à aprovação do recurso. “Essa ação permitirá o retorno das atividades desta importante via econômica e de subsistência de dezenas de famílias do interior do estado, tudo com base na segurança e regularidade ambiental exigida pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA) em Alagoas. 

Além da solicitação de documentos e preenchimento das fichas cadastrais, a equipe avaliou o impacto na comunidade com o fechamento das unidades, levando-se em consideração seu fator sócio-econômico-cultural. Uma das visitas foi feita à casa de farinha do agricultor Manoel Galdino, localizada no povoado Canafístula de Baixo, no município de Girau do Ponciano, que garantia o sustento de direto de 70 pessoas e, indiretamente, de 150 pessoas da localidade. 

Baseado na avaliação do corpo técnico da Desenvolve, Antonio Pinaud, presidente da agência, frisou que o fechamento dessas casas impactou decisivamente no modo de vida daquelas pessoas, desfavorecendo seu sustento e o provisionamento de suas necessidades mais básicas. “Trabalhar para agilizar a liberação da linha de crédito apropriada para esses agricultores até o fim deste mês, é muito mais que uma demanda econômica, é uma demanda humanitária e que exige urgência”, declarou o presidente, completando que “dentro da Desenvolve, é prioridade resolver a questão das casas de farinha, mas que respeite a legislação ambiental”.