Valores podem garantir sobrevivência de centenas de sertanejos
Eliete Amâncio
Para quem precisa lutar cotidianamente pela sobrevivência, qualquer iniciativa que aponte uma saída é sempre bem-vinda. Foi dessa forma que a equipe de crédito da Desenvolve foi recebida por dezenas de pequenos produtores rurais e comerciantes dos municípios de Batalha e Traipu nesta terça-feira (13).
Reunidos no telecentro do povoado quilombola Cajá dos Negros, na zona rural de Batalha, eles assistiram à palestra com a apresentação das linhas de crédito da Agência de Fomento de Alagoas (Desenvolve) com grande entusiasmo, otimistas com a possibilidade de ter acesso ao recurso necessário para a melhoria de suas produções.
São produtores de palma, milho e feijão, criadores de gado e negociantes de confecções e alimentos que aguardam por esse apoio oriundo do Governo do Estado, mas, antes não tinham acesso como agora. De acordo com a analista de fomento da Desenvolve, Kelly Souto, eles mostraram muito interesse diante das condições favoráveis para o repasse do recurso.
Através da linha Microcrédito Desenvolve/BNDES Taxa C, essas pessoas poderão ampliar suas produções e, mais que isso, garantir a sobrevivência de suas famílias. “Com a aproximação de mais um período de seca, eles temem não conseguir colher nada, principalmente nesse momento em que estão sem dinheiro para investir nas produções”, mencionou Kelly Souto.
A reunião foi proposta pela agente de desenvolvimento local Ivaniza Silva, que já conhece o trabalho da Desenvolve e o interesse do governo em estabelecer um canal direto de desenvolvimento econômico com a agricultura familiar. As propostas para a liberação de recursos serão adequadas a uma taxa de 1% ao mês, com carência para começar a pagar de três meses.
Segundo Rafael Brito, presidente da Agência, cada pequena liberação promovida pelo Estado, através da Desenvolve, reflete no fortalecimento da economia alagoana em sua totalidade. “Quando apoiamos o pequeno, reforçamos nosso compromisso com um planejamento econômico eficiente, onde a independência financeira de cada um representa, no final, a sobrevivência do todo”, concluiu.