Linha de crédito atenderá a demanda crescente por suco de laranja orgânico
Eliete Amâncio
Com vistas a atender a demanda crescente dos consumidores alagoanos em busca de suco de laranja pasteurizado, os proprietários da fábrica Max Citrus, situada no Polo Industrial de Marechal Deodoro, Felipe Marinho e César Toledo, estiveram reunidos com o presidente e o gerente de Projetos e Desenvolvimento da Desenvolve, respectivamente, Antonio Pinaud e Fábio Leão, para solicitar a criação de projeto e linha de crédito que atenda à diversificação do empreendimento.
A fábrica pretende utilizar o recurso para investir em maior capacidade de processamento de laranja orgânica, atualmente importada de outros estados, como Bahia e Sergipe. A escolha por este tipo de fruto, segundo os empreendedores, corresponde a uma tendência mundial de consumo, caracterizada pelo aumento da procura por produtos prontos, mais saudáveis e naturais, e de vida longa.
Entre outros investimentos, o financiamento servirá para aquisição de maquinário industrial, sistema de esteiras, pasteurizador, tanques, envasadoras e caminhão refrigerado. “Com esse recurso, será possível aumentar a produtividade e atender um importante viés do mercado que são as escolas públicas, através do fornecimento de suco de qualidade para a merenda escolar”, destacou Felipe Marinho.
A unidade fabril, que integra o Programa de Alimento Seguro (PAS) com o objetivo de reduzir os riscos de contaminação dos alimentos, possui autorização do Ministério da Agricultura e atende à demanda de suco de laranja em escolas, hotéis, bares e restaurantes de todo o Estado de Alagoas.
Plantio de laranja orgânica
Também presente à reunião, o produtor de laranjas José Marinho Júnior, pretende trabalhar em parceria com a fábrica alagoana. Para tanto, também solicitou liberação de financiamento à Desenvolve. A propriedade de Marinho está situada em São Luiz do Quitunde, região Norte do Estado, e está sendo preparada para atender à demanda por laranja orgânica da Max Citrus.
José Marinho adiantou que já adquiriu 7 mil pés de laranja orgânica para ampliar sua produção e começar a fornecer não apenas para a fábrica de sucos do Polo de Marcehal, mas também para atender o consumo interno, através de supermercados. O produtor acrescentou que trabalhará, também, com a produção de limão das espécies tahity e siciliano, e tangerina. A parceria é um embrião para a produção e lançamento, em breve, de uma nova bebida para o mercado alagoano. Segundo Pinaud, esta iniciativa pode fomentar a criação de um novo Arranjo Produtivo Local (APL) naquela região.
Segundo Fábio Leão, diretor de Desenvolvimento e Projetos da Agência de Fomento, esta é uma ação de fomento ao crédito produtivo e ao desenvolvimento local, uma vez que a iniciativa criará mais de 20 postos de trabalho diretamente, além dos empregos indiretos na cadeia produtiva. Sem contar os empregos e a renda a serem geradas no plantio da laranja. A iniciativa também promove a integração entre a produção orgânica e a fabricação de produtos naturais, com responsabilidade social e ambiental.